Erminia Maricato
Profa. Titular da USP, secretária de Habitação e Desenvolvimento Urbano do Município de São Paulo (1989 – 1992) e Secretária Executiva do MCidades (2003 – 2005). Participou da criação do MCidades (2003) e coordenou a Política Nacional de Desenvolvimento Urbano (até 2005).
Uma grave situação de degradação ambiental pode ser atribuída de modo generalizado, às cidades brasileiras. Algumas dessas características se agravam nas metrópoles, (e o Brasil tem 12 cidades com mais de 1 milhão de habitantes), onde se verificam altos índices de poluição do ar, áreas sujeitas a enchentes e desmoronamentos, causadoras de tragédias frequentes , falta de solução adequada para a destinação do lixo sólido, precariedade habitacional, etc. Outros aspectos de degradação ambiental não se restringem apenas às metrópoles e podem ser vistos em cidades de todos os tamanhos, que repetem uma forma predatória de ocupação do solo: devastação da vegetação, erosões, comprometimento da rede hídrica com esgotos domésticos ou industriais e lixo sólido (cuja coleta deficiente é causadora de frequente obstrução de córregos), impermeabilização contínua da superfície, priorização do transporte individual poluidor, inadequados movimentos de terra e cortes de taludes, aterramento de mangues, execução de grandes avenidas em fundos de vales com canalização fechada de córregos, entre outras características gerais.
É facilmente constatável uma irresponsabilidade que também é generalizada em relação ao meio ambiente , mas é preciso lembrar que o ambiente construído é produzido e apropriado sob determinadas relações sociais, ou seja, de forma diferenciada.
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